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Lições de persistência (ii)

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Ou: como trabalhar um poema por dias e dias

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Brian Belancieri
jul 05, 2024
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Lições de persistência (ii)
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Estava comentando como foi que escrevi este poema

Poema em forma de noticiário

Agora pássaros de vôo exótico 
são recortados contra a alvorada
e vão surgindo da noite rancor
para manhãs que acordam sempre pálidas.

A revoada soa como um guizo
assim que passa — arroio de serpentes — 
a selar nuvens com betume cáustico
com a mesma pressa de estrelas cadentes:

Olha! vem mergulhando alguma delas,
traz na rapina um tino de gaivota 
tal que caçasse entre os mares de escombros
algum pescado que perdeu sua rota…

Aqui vai um — na queda transfigura-se, 
marreta ou bate-estaca? — o baque seco
explode feito ventre de romã,
e asperge água de rosas neste beco:

e é como recriasse num mosaico 
vitrais de novos santos e relíquias:
aqui uns querubins vão se evolando
alí poeira os cobre sem exéquias

acolá as igrejas são fundadas
e o turíbulo incensa gasolina
nas rudes catacumbas de ossadas
donde um pássaro pousa e faz rotina.

Mas ele ainda não está assim, do jeito que apresentei a vocês. Paramos algumas correções antes, desde modo:

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