Estava comentando como foi que escrevi este poema
Poema em forma de noticiário
Agora pássaros de vôo exótico
são recortados contra a alvorada
e vão surgindo da noite rancor
para manhãs que acordam sempre pálidas.
A revoada soa como um guizo
assim que passa — arroio de serpentes —
a selar nuvens com betume cáustico
com a mesma pressa de estrelas cadentes:
Olha! vem mergulhando alguma delas,
traz na rapina um tino de gaivota
tal que caçasse entre os mares de escombros
algum pescado que perdeu sua rota…
Aqui vai um — na queda transfigura-se,
marreta ou bate-estaca? — o baque seco
explode feito ventre de romã,
e asperge água de rosas neste beco:
e é como recriasse num mosaico
vitrais de novos santos e relíquias:
aqui uns querubins vão se evolando
alí poeira os cobre sem exéquias
acolá as igrejas são fundadas
e o turíbulo incensa gasolina
nas rudes catacumbas de ossadas
donde um pássaro pousa e faz rotina.
Mas ele ainda não está assim, do jeito que apresentei a vocês. Paramos algumas correções antes, desde modo:
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